A Batalha de
Almoster, foi travada a 18 de Fevereiro de 1834, batalha onde as tropas
liberais, comandadas pelo Marechal Saldanha, venceram as tropas absolutistas
comandadas pelo General Lemos.
A História
Santarém era o
fulcro da guerra civil, mas o perigo miguelista não existia apenas nessa
cidade. Apesar de várias vitórias liberais, a cidade de Santarém continuava a
resistir, e no Norte as províncias de Trás-os-Montes, Minho e Beira-Alta
estavam ainda em poder de D. Miguel.
Foi então que
Saldanha, comandante das forças liberais, estabeleceu o plano de, sem deixar de
manter o cerco de Santarém, atacar com uma parte das suas tropas as cidades de
Leiria e Coimbra, o que teria por efeito isolar os miguelistas que resistiam em
Santarém. As tropas de Saldanha fizeram a sua junção, em Rio Maior, com as que
ele mandara vir de Lisboa. Os efetivos não excediam quatro mil e quinhentos
homens, mas a 16 de Janeiro de 1834 foi lançado, por dois lados, o ataque a
Leiria. Vendo-se na iminência de ficar com a retirada cortada, os miguelistas
abandonaram sem demora o Castelo de Leiria e tentaram refugiar-se em Coimbra.
Nos primeiros dias de Fevereiro, o General Lemos, comandante das tropas
miguelistas, pôs em execução um plano para atacar os liberais que ocupavam
Pernes e os que cercavam Santarém.
Prevendo a
possibilidade de tal tentativa, Saldanha tomou as precauções necessárias,
fazendo com que o plano falhasse. Lemos estabeleceu um novo projeto, que se
baseava num ataque fulminante à Ponte de Asseca, em poder dos liberais, a fim
de abrir caminho para Lisboa, onde deveria eclodir a revolução miguelista. Na
madrugada de 18 de Fevereiro, as cerca de 4000 tropas do general Póvoas
marcharam sobre Ponte de Asseca, enquanto Lemos com cerca de 4500 homens avança
pelo norte em direção a Almoster e Santa Maria. O terreno era extremamente
difícil, pois formava um desfiladeiro estreito, entre colinas cobertas de mato
denso. Mas Saldanha, compreendendo os intuitos de Lemos, havia-se preparado
para lhe fazer frente. Deixando avançar os miguelistas sem lhes opor
resistência, conseguiu que eles, confiantes e supondo-se já senhores da
situação, entrassem no desfiladeiro que constituía uma autêntica ratoeira.
Com os
batalhões de caçadores nº2 e nº12, o coronel Queirós cortou a retirada dos
miguelistas para a ponte de Santa Maria, ao passo que, com os regimentos de
infantaria nº3 e nº6, ficando o nº1 de reserva, o brigadeiro Brito lançava uma
impetuosa carga à baioneta. Saldanha comandava pessoalmente Infantaria nº1, o
mesmo regimento que comandara na célebre carga do Buçaco, e esperava a ocasião
de intervir.
Só nessa
altura os soldados de D. Miguel compreenderam a terrível situação em que se
encontravam. A derrota foi total, e as perdas dos absolutistas excederam um
milhar de homens.
A Batalha de
Almoster significou o desmoronar de todas as esperanças do irmão de D. Pedro
IV.
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