A
primeira universidade portuguesa viria a ser depois estabelecida em Lisboa, em
data compreendida entre 1288 e 1290, quando D. Dinis promulga a carta Scientiae
thesaurus mirabili (datada de 1 de Março desse ano), conferindo vários
privilégios aos estudantes do Estudo Geral de Lisboa, o que prova que
nessa data já estava fundado. Desde logo houve uma participação activa nesta
acção educativa pela Coroa portuguesa e do seu rei, através do seu
compromisso de parte do subsídio da mesma, como pelas rendas fixas da Igreja.
O
Papa Nicolau
IV reconhece-a pouco depois, em 9 de Agosto desse mesmo ano8
através da bula “De statu regni Portugaliae”, com as Faculdades de Artes, Direito Canónico (Cânones),
Direito Civil
(Leis) e Medicina.
Aparentemente,
as fundações do primeiro edifício desta universidade encontram-se num local
denominado Pátio dos Quintalinhos - a entrada é no n.º 3 da Rua da Escolas Gerais, em Alfama, na
antiga freguesia de São Tomé de Lisboa hoje pertencente à de São Vicente (Lisboa).
Ao
longo do século XIV, a universidade portuguesa conheceu uma grande
instabilidade, tendo por motivos vários sido transferida, várias vezes, de Lisboa para Coimbra
e vice-versa. Assim, em 1308 foi transferida para Coimbra.
Em 1328 volta para Lisboa,
sendo novamente transferida para Coimbra em 1354. Em 1377 regressa a Lisboa.
Finalmente, em 1537, instala-se definitivamente em Coimbra.
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